Sexo indefinido. O drama de quem nasce com ambigüidade sexual

2 de julho de 2003 | Notícias | por Dionne Freitas

“Muitos recém-nascidos com essas patologias são registrados e criados em um sexo que na verdade não corresponde à sua condição clínica e psicossocial”, explica Ângela Spinola e Castro, responsável Luzidéia Aguiar Barbosa de Almeida é uma das psicólogas que ajudam os portadores dessas patologias a entenderem e aceitarem melhor sua condição. O cirurgião Renato Frota de Albuquerque Maranhão é quem analisa as dificuldades técnicas envolvidas na correção do genital externo ambíguo A maior expectativa dos pais, quando não é possível saber o sexo da criança pela ultra-sonografia, é ouvir do médico, logo após o nascimento, se o bebê é menino ou menina. Em geral, essa pergunta pode ser respondida prontamente pelo médico, mas há situações em que mesmo um profissional de saúde tem dificuldade em identificar o sexo do bebê. Trata-se de crianças com sexo indefinido O problema tem origem genética. São anomalias raras que tornam os genitais ambíguos e difíceis de ser diferenciados. A mais comum delas, que atinge uma criança a cada 14.500 nascimentos, faz as meninas apresentarem uma masculinização no genital externo. Nos meninos, não provoca alteração na genitália externa, mas pode adiantar o processo da puberdade. Apesar de os pais perceberem algo de estranho em seu bebê, é comum o diagnóstico ser feito tardiamente, devido à falta de experiência dos médicos com esse tipo de distúrbio.

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