Por que eu tenho que vir ao médico para ele ver minha genitália? As descobertas de um jovem potiguar
Este artigo trata de um estudo de caso voltado às lembranças da infância de Johny, garoto potiguar, e aos questionamentos que o levaram a descoberta da intersexualidade, ao lugar de autonomia e resistência que têm guiado suas relações. O trabalho possibilitou através de entrevistas semiestruturadas apresentar detalhes da trajetória do jovem, uma vez que ao refletir os caminhos percorridos por ele, proponho um diálogo com algumas categorias que nos oportunizam ponderar sobre a condição de segredo, medicalização, estigma, autonomia e luta por reconhecimento incorporados tanto nas produções acadêmicas quanto na produção do movimento intersexo. Questionar: “quando e por que se dizer intersexo?”, permite-nos explorar os limites discursivos que apreendem a intersexualidade na condição de um corpo não revelado.
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