PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE CORREÇÃO DE HIPOSPÁDIA EM HOSPITAIS CATARINENSES ENTRE 2010 E 2017

24 de julho de 2019 | Artigos | por Dionne Freitas

RESUMO
O presente artigo teve como objetivo avaliar e comparar as cirurgias realizadas para correção de hipospádia em três hospitais de Santa Catarina no período de 2010 a 2017. Foi realizado um estudo retrospectivo, descritivo e de abordagem quantitativa, com dados secundários de prontuários. A população do estudo foi composta por 179 pacientes de dois hospitais públicos (A e B) e um particular.
Os resultados encontrados mostraram que 73,2% dos pacientes apresentaram-se com hipospádia distal.
A técnica mais utilizada foi Snodgrass, representando 70,4% dos casos. A média de idade dos pacientes quando da primeira cirurgia foi de 34 meses, maior no hospital público B. Apenas 19,7%, dos 76 pacientes analisados, fizeram uso de testosterona tópica no pré-operatório, maioria do hospital particular. Entre aqueles analisados para infecção do trato urinário, 81 prontuários foram analisados e destes, 14,8% tiveram essa infecção, majoritariamente do hospital público A. Da amostra, 50 pacientes necessitaram reoperar, o que representa 28,9%. O motivo mais comum para reoperação foi a presença de fistula uretrocutânea (46%), seguida de estenose uretral (18%), não havendo diferença significativa entre a média de reoperações por hospitais. Concluiu-se que a idade da primeira cirurgia foi maior do que a indicada na literatura. Houve maior prevalência de hipospádia distal, sob correção pela técnica
de Snodgrass. O uso de hormônio ocorreu predominantemente nos pacientes do hospital particular. A taxa de infecção do trato urinário do estudo foi maior do que o encontrado na literatura. O principal motivo para reoperação foi a presença de fistula uretrocutânea.

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