Mayara Natale moradora de São Vicente é escolhida para clipe de DJ no festival Lollapaloza 2023

28 de março de 2023 | Artigos, Eventos, Imprensa, Notícias | por Thais Emilia

Ativista e modelo Mayara Natale representou a letra I de Intersexo, da sigla LGBTQIAP+

Moradora de São Vicente, Mayara Natale apareceu em clipe na apresentação do DJ Pedro Sampaio © Foto: Divulgação
O DJ Pedro Sampaio assumiu-se bissexual no festival Lollapalooza, na sexta-feira (24), no Autódromo de Interlagos, em são Paulo.

No encerramento de seu show, ele apresentou um clipe inédito, em parceria com Lulu Santos, da música Toda Forma de Amor. Cada letra da sigla LGBTQIAP+ tinha representante. A letra 1, que é de Intersexo, foi de uma santista que mora em São Vicente: Mayara Natale.

“A produção dele procurou pessoas de cada uma das letras e, na internet, acharam a Abrai (Associação Brasileira de Intersexos), assim como outros ativistas. Por eu ser uma ativista da causa, palestrante e representante da entidade fui chamada para representar” conta a também modelo, de 34 anos, e mãe de Paola, de 7.

A gravação de Mayara Natale para o clipe aconteceu no dia 17, na Capital. “Estar em um evento como esse
– nunca fui pessoalmente – e saber que essa transmissão ao vivo vai ficar na internet, e que pessoas do mundo inteiro vão me conhecer por intermédio disso é muito importante. E mais ainda porque geralmente é um assunto que não é falado abertamente”, afirma.

Pessoas intersexo nascem com características sexuais (incluindo genitais, gônadas e padrões
cromossômicos) que não se encaixam nas típicas noções binárias de corpos masculinos e femininos. “A pessoa tem vergonha de falar porque o mundo é binário. As pessoas sabem que nascem homem e mulher, mas não entendem que nós, pessoas intersexo, somos o terceiro sexo biológico, lembra Mayara.
A ativista e modelo fez questão de ressaltar que ser intersexo não tem relação com orientação.
“Sou heterossexual’, afirma, deixando claro a presença da educação a respeito do tema. “Poder falar e se expressar de uma maneira livre sobre isso não cria um preconceito nas pessoas. Muito pelo contrário: cria uma curiosidade sobre informação e conhecimento. Isso deveria ser estudado na escola. A gente estuda o corpo humano perfeito, masculino e feminino. Intersexo pode nascer mista”

Matéria publicada pelo https://www.atribuna.com.br/cidades/geral/moradora-de-sao-vicente-e-escolhida-para-participar-de-clipe-de-dj-no-festival-lollapalooza

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