Klinefelter: homens podem congelar sêmen.

16 de julho de 2020 | Notícias | por Dionne Freitas

Procedimento ajuda quem quer ser pai no futuro 

Homens diagnosticados com a Síndrome de Klinefelter podem congelar o sêmen para serem pais no futuro. Isto é possível porque a Síndrome apresenta intensidade variável e nem todos com Klinefelter são estéreis. Cerca de dois terços deles nunca vão produzir espermatozoides. No entanto, um terço mais ou menos pode produzir, ainda que uma quantidade muito abaixo do normal.

Alguns casos têm alterações ainda mais leves na fertilidade, devido a uma condição conhecida como mosaicismo, que é a presença de células normais (46, XY) junto com outras degeneradas (46, XXY). Assim, o paciente pode ter manifestações mais leves da doença, com uma puberdade mais definida e, consequentemente, uma melhor produção de espermatozoides.

Os pacientes que terão alguma produção de espermatozoides durante a vida, em geral têm o pico de produção de espermatozoides entre os 18 e 20 anos. O número vai reduzindo rapidamente e, na maioria dos casos, acaba zerando próximo aos 25 anos. Por isso, é importante preservar a fertilidade nessa idade.

De acordo com o Dr. Gustavo de Mendonça Borges (CRM/SP 94.121), que é urologista e integra a equipe do Centro de Reprodução Humana de Piracicaba (CRHP), com 16 anos, seria interessante que este jovem procurasse um urologista ou um especialista em reprodução assistida para realizar uma avaliação e acompanhamento. Caso em algum momento inicie a produção de espermatozoides, o paciente é orientado sobre a possibilidade de  fazer o congelamento do sêmen.

A Síndrome de Klinefelter é uma síndrome genética que atinge os homens e é caracterizada pela presença de um cromossomo sexual a mais – geralmente, um homem herda um cromossomo X da mãe e um Y do pai, resultando na combinação XY.  Quem tem a Síndrome, no entanto, apresenta a combinação XXY. Há casos mais raros em que há também a presença do triplo X ou quádruplo X (XXXY ou XXXXY). Mais de 90% dos casos são da síndrome clássica (XXY).

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