A história de luta e superação de Sammie Machado: quebrando tabus e lutando por direitos em Pelotas

Conheça a trajetória de Sammie Machado, a primeira voz intersexo de Pelotas, que vem desafiando estigmas e impulsionando mudanças.

26 de abril de 2024 | Publicações | por Céu Albuquerque
Foto: Arquivo Pessoal

Sammie Machado é uma ativista intersexo que reside em Pelotas, Rio Grande do Sul. Tem 23 anos e está cursando Pedagogia na Universidade Católica de Pelotas. Aos 4 anos, Sammie iniciou consultas com um endocrinologista, as quais se estenderam até seus 12 anos de idade. Infelizmente, aos 18 anos, perdeu sua mãe, levando consigo parte de sua história sobre sua intersexualidade.

Aos 19 anos, Sammie começou a questionar seu gênero. Após extensas buscas na Internet e reflexões sobre suas memórias, descobriu o termo “intersexo” e deparou-se com diversas histórias semelhantes à sua. Encontrou uma comunidade online sobre intersexualidade no Facebook, onde pôde compartilhar sua jornada e conhecer outras pessoas como ele.

Aos 21 anos, enfrentou uma forte disforia de gênero e, na época, passou a se identificar como homem trans, embora aos 19 já se identificasse como não binário.

Graças à ABRAI, finalmente consegui a retificação da certidão de nascimento em 2021, e hoje me identifico novamente como uma pessoa não binária.”

Projeto de lei do Dia Contra a Mutilação Genital Infantil aprovado na câmara de Pelotas!

Em 2022/23, foi membro do Conselho LGBT da cidade de Pelotas e atualmente é organizador da Parada da Diversidade de Pelotas desde 2021. Tornou-se membro associado da ABRAI em 2022 e, em 2023, apresentou o projeto de lei do Dia da Conscientização Contra a Mutilação Genital Infantil na câmara de vereadores de Pelotas, o qual foi aprovado.

Participou de diversas entrevistas online para jornais, sites, lives e blogs, além de eventos como a Semana da Pessoa com Deficiência, a Semana da Pessoa com TEA e o Dia de Doar. Além de ser não binário, Sammie é neurodivergente autista e tem TDAH, e também luta pelos direitos das pessoas com deficiência.

Fui a primeira pessoa a assumir publicamente a condição intersexo e a lutar por meus direitos na cidade de Pelotas“.

Apoie a ABRAI

Para manter os seus canais de informação, oferecer cursos e palestras ou ajudar diretamente pessoas Intersexo em situação de fragilidade física e psicológica, a ABRAI precisa de fundos. Veja como ajudar.